Célula-Vaga

Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.
Daniella Domingues é artista e designer. Através do desenho, vídeo, escrita, fotografia e publicações investiga relações do tempo e da matéria em conexão com o território e seus fluxos. Seus trabalhos já foram exibidos em mostras no Brasil e no exterior, como Topologies of an Ad Hoc Future (Platforms Project, Atenas, Grécia, 2018); When a wave rolls out and the next has not yet broken (Akademie Schloss Solitude Project Space, Stuttgart, Alemanha, 2017); Estacionamento (Kunsthalle São Paulo, Brasil, 2013) e Programa Anual de Exposições (MARP, Ribeirão Preto, 2013). Em 2014 foi artista residente no Paradise AiR, Matsudo-shi, Japão. Em 2017, Daniella recebeu a Bolsa Illy Caffè para o Programa UNIDEE na Cittadellarte / Fondazione Pistoletto, Biella, Itália. Artista indicada ao Prêmio Pipa 2021.

CÉLULA-VAGA (2013 – 2015)

Célula-vaga foi exposto em 2015 e partiu de uma pesquisa sobre as dinâmicas da ocupação de espaços por carros na cidade que Daniella Domingues fazia desde 2013. No início Daniella visitava estacionamentos, contabilizada o numero de vagas e organizava isso tudo em um mapa, ocasionalmente fotografava. Começava a ganhar uma percepção mais concreta das dimensões desse espaço, e das dinâmicas que o fazem cheios ou vazios. Na mesma época surgiam capitalizações diversas dos espaços de vaga em meio fio, falsos espaços públicos que acabavam sendo extensões dos salões dos bares.
Conforme seguia com a pesquisa e tecia a rede de relações, a única certeza que a artista tinha é de que sua intenção não era, mesmo, propor uma solução pra esse espaço e sim seguir as pistas das problemáticas e das associações que surgiam. O que atraiu Daniella ao estacionamento, foi à vaga em si, e a qualidade de transitoriedade absoluta desses espaços.