
ALISSON DAMASCENO: EU AINDA ACREDITO
GAL tem o prazer de apresentar a primeira mostra individual do artista mineiro Alisson Damasceno na Casa GAL: Eu Ainda Acredito.
AINDA PODEMOS ACREDITAR
“Casou-se com muita gala
O saber de Aristóteles
Com a cultura do mouro
Pra ter num só filhote
O duplicado tesouro”
Apocalipsom A (O Fim no Palco do Começo - Tom Zé)
Nos últimos nove anos, o sistema de ensino tem sido uma das temáticas frequentes na produção do multiartista Alisson Damasceno. Por meio de pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, fotografia, instalações e diversas outras linguagens, o mobiliário escolar é constantemente reinterpretado como um elemento central em sua construção conceitual. Tornando-se um signo em seu vocabulário imagético, que traz à tona questões profundas e emergenciais dentro das reflexões contemporâneas sobre o lugar poético e político da noção de escola brasileira, para além de um projeto político-pedagógico.
No trabalho de Alisson, os regulamentos institucionais que dividem o ‘eu’ e o ‘outro’ são reconfigurados como uma poderosa produção de presença, que nos levam a compensar as relações sociais dentro do contexto da educação. Assim, a exposição intitulada Eu Ainda Acredito traz, através de seis ambientes e trinta e cinco obras, a continuação e a expansão da investigação minuciosa do artista. O mobiliário escolar, apresentado ou utilizado como suporte, é combinado com diversas espécies de plantas. Essas vegetações, com tropismos, tons e texturas variadas, contrastam, se entrelaçam e por vezes se rebelam em desordem contra a dura estrutura estática dos móveis institucionais, criando alegorias e metáforas que exploram a relação entre o indivíduo e sua formação a partir do contexto social.
Nas palavras do artista: “Cada planta cresce de maneira única, assim como cada pessoa se desenvolve de forma singular”. Aqui reside uma provocação central desta exposição. Ao entrarmos nas salas da galeria, somos convidados a enxergar esses objetos e formas de vida para além de suas funções e contextos usuais, perturbando nossos processos perceptivos e interpretativos. A cadeira não é apenas uma cadeira, as plantas não são apenas plantas, e a sala não se limita a ser apenas um espaço físico. Essa perspectiva se estende à relação da galeria de arte com a casa, bem como à noção de corpo, território, presença, imaginário e aprendizado.
Em um período em que as disputas se acirraram, fervilhando em torno de outras formas de produção e disseminação do conhecimento, e na busca incessante pelo reconhecimento de outras cosmovisões, até mesmo crenças que desafiam abertamente o sistema hegemônico. Alisson dança com suas criações, ele as ressignifica, as tensiona, as experimenta, expande e reconfigura profundamente a maneira como encaramos espaços e instituições historicamente formalizadas, acrescentando novas camadas de significado ao que antes nos pareciam comuns.
Texto crítico: Froiid
Curadoria: Laura Barbi
Serviço:
Abertura mostra individual Alisson Damasceno: Eu Ainda Acredito.
Quinta, 21.9.23, 17 às 21h.
Local: Casa GAL - Rua da Groenlândia 50, Sion - BH, MG.
A exposição segue em cartaz até dia 11.11.23
Visitação: Terça a Sexta: 14 - 19h
Sábado: 10 - 14h
AINDA PODEMOS ACREDITAR
“Casou-se com muita gala
O saber de Aristóteles
Com a cultura do mouro
Pra ter num só filhote
O duplicado tesouro”
Apocalipsom A (O Fim no Palco do Começo - Tom Zé)
Nos últimos nove anos, o sistema de ensino tem sido uma das temáticas frequentes na produção do multiartista Alisson Damasceno. Por meio de pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, fotografia, instalações e diversas outras linguagens, o mobiliário escolar é constantemente reinterpretado como um elemento central em sua construção conceitual. Tornando-se um signo em seu vocabulário imagético, que traz à tona questões profundas e emergenciais dentro das reflexões contemporâneas sobre o lugar poético e político da noção de escola brasileira, para além de um projeto político-pedagógico.
No trabalho de Alisson, os regulamentos institucionais que dividem o ‘eu’ e o ‘outro’ são reconfigurados como uma poderosa produção de presença, que nos levam a compensar as relações sociais dentro do contexto da educação. Assim, a exposição intitulada Eu Ainda Acredito traz, através de seis ambientes e trinta e cinco obras, a continuação e a expansão da investigação minuciosa do artista. O mobiliário escolar, apresentado ou utilizado como suporte, é combinado com diversas espécies de plantas. Essas vegetações, com tropismos, tons e texturas variadas, contrastam, se entrelaçam e por vezes se rebelam em desordem contra a dura estrutura estática dos móveis institucionais, criando alegorias e metáforas que exploram a relação entre o indivíduo e sua formação a partir do contexto social.
Nas palavras do artista: “Cada planta cresce de maneira única, assim como cada pessoa se desenvolve de forma singular”. Aqui reside uma provocação central desta exposição. Ao entrarmos nas salas da galeria, somos convidados a enxergar esses objetos e formas de vida para além de suas funções e contextos usuais, perturbando nossos processos perceptivos e interpretativos. A cadeira não é apenas uma cadeira, as plantas não são apenas plantas, e a sala não se limita a ser apenas um espaço físico. Essa perspectiva se estende à relação da galeria de arte com a casa, bem como à noção de corpo, território, presença, imaginário e aprendizado.
Em um período em que as disputas se acirraram, fervilhando em torno de outras formas de produção e disseminação do conhecimento, e na busca incessante pelo reconhecimento de outras cosmovisões, até mesmo crenças que desafiam abertamente o sistema hegemônico. Alisson dança com suas criações, ele as ressignifica, as tensiona, as experimenta, expande e reconfigura profundamente a maneira como encaramos espaços e instituições historicamente formalizadas, acrescentando novas camadas de significado ao que antes nos pareciam comuns.
Texto crítico: Froiid
Curadoria: Laura Barbi
Serviço:
Abertura mostra individual Alisson Damasceno: Eu Ainda Acredito.
Quinta, 21.9.23, 17 às 21h.
Local: Casa GAL - Rua da Groenlândia 50, Sion - BH, MG.
A exposição segue em cartaz até dia 11.11.23
Visitação: Terça a Sexta: 14 - 19h
Sábado: 10 - 14h
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