Henrique Detomi
Sem título da série Estado Transitório
2017
Jato de tinta sobre papel e carvão sobre papel de arroz. Moldura em madeira e vidro.
30 x 45 cm.
ED 1/1
R$5.000,00
Henrique Detomi
Sem título da série Estado Transitório
2017
Jato de tinta sobre papel e carvão sobre papel de arroz. Moldura em madeira e vidro.
30 x 45 cm.
ED 1/1
HENRIQUE DETOMI (1988, Belo Horizonte – MG)
Vive e trabalha em São Paulo – SP.
Doutorando em Poéticas Visuais pelo IA Unicamp. Mestre em Poéticas Visuais pela ECA USP (São Paulo, SP), 2020 e Bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard/ UEMG (Belo Horizonte, MG), 2010.
Henrique Detomi é artista visual, sua pesquisa é voltada para a relação entre humanos e a paisagem. Se atenta para as maneiras que a cultura ocidental tem se posicionado de forma radicalmente dominante com relação ao espaço da terra. Sendo necessário um pensamento sobre as maneiras como nossa cultura vive em conflito com os espaços naturais. Atualmente desenvolve uma série intitulada Minutos Antes do Fim que é composta por pinturas com tinta a óleo sobre diferentes suportes, como madeira e tela, onde a paisagem natural é representada por pinceladas marcantes, empastes de tinta e partes aparentes do suporte. Essas partes possuem formas próximas das próprias montanhas representadas na pintura, mas contrastam com a matéria pictórica. A pintura composta por uma paisagem em que nos faltam partes revela as características de uma humanidade capaz de desmatar, minerar, dominar e destruir as paisagens que habitam.
“Estado Transitório” (2017 – 18)
Esta série é composta por pinturas, desenhos e esculturas, e foi desenvolvida por Henrique Detomi durante a Residência Artística Redbull Station em São Paulo, SP em 2017. A série faz um paralelo entre a paisagem com vegetação natural e o Skyline do centro da cidade de São Paulo.
Nos desenhos a lógica de manter as duas noções de paisagem é realizada a partir de uma
sobreposição da fotografia da cidade com um papel tipo japonês onde está desenhado
com carvão uma proposta de vegetação possível. A escultura mantém a dualidade, porém
a partir do uso de matérias orgânicos e inorgânicos, ou seja, a terra representa a própria
natureza como um todo e os prédios da cidade são impressos em impressão 3D e
acabados com tinta automotiva. Nas pinturas, os prédios surgem como lacunas, apenas
por suas silhuetas, dentro da paisagem natural realizada em tinta óleo sobre tela. Essas
sobreposições destacam a característica transitória da ocupação desses espaços, como
a cidade de São Paulo que um dia já foi vila, já foi aldeia indígena e já foi floresta. Mas
também, se agora é cidade, um dia poderá ser floresta novamente ou, talvez, deserto.
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