Sem título

Renata Laguardia vive e trabalha em São Paulo, SP. Graduada em Artes Visuais com habilitação em pintura pela UFMG, concluiu seu mestrado na École Européene Superiéure de l’Image (França) com Menção Honrosa da Banca.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas em cidades como Belo Horizonte, Aracaju, Belém, Brasília, Guarulhos, São Paulo, Poitiers, etc.

Em 2020 obteve menção honrosa dos júris no 16º Salão Nacional de Guarulhos por sua obra. No mesmo ano, participou da SP Arte Viewing room e da residência Kaaysá (Boiçucanga, SP).

O QUE NÃO É VASTO É RASO (2012 – 2014)

Algumas das figuras de banhistas representadas, partiram de fotografias da holandesa Rineke Dijkstra. As fotografias de Dijkstra me chamavam atenção pela escolha de modelos; pré adolescentes, corpos em notório processo de modificação, braços e pernas desproporcionais ao restante do corpo, joelhos protuberantes. A artista ficava instigada com a falta de expressão dos modelos, sem nenhum sorriso sequer, mesmo estando eles no clichê do lazer da nossa sociedade: A praia.

Inconscientemente que seja, a praia impõe uma obrigatoriedade em estar feliz. Então,o fato de, bem como Rineke, Renata ter optado por retratar figuras sérias e rígidas nesse lugar, gera um certo estranhamento na imagem. Pré-adolescentes foram retratados posando em grupo, o que deixa a impressão de se tratar de famílias. Esta série fala sobre relações familiares problemáticas através de um retorno a um tema clássico na história da arte, os banhistas. Pode estar lidando também com a apropriação de imagem, uma vez que vários dos personagens partem de fotografias já existentes. O retrato de grupo, tema que mais tarde a artista estudou no mestrado, começa então a aparecer. Essa série foi exposta na exposição individual no Memorial Minas Gerais Vale (BH), em 2013 e que levou o nome da série.