Manuel Carvalho & Roberto Freitas
2020
Óleo sobre tela.
ED 1/1
150 x 200 cm
R$20.000,00
Em estoque
Manuel Carvalho & Roberto Freitas
2020
Óleo sobre tela.
ED 1/1
150 x 200 cm
Manuel Carvalho (1981, Lavras – MG)
Vive e trabalha em Belo Horizonte.
Manuel Carvalho concluiu seu bacharelado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG).
Em parceria com Gustavo Maia, foi selecionado para o 1º Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2011. Participou de exposições individuais, como Empate (Mama/Cadela Galeria), 2014, Belo Horizonte; Da Pintura (BDMG Cultural), 2014, Belo Horizonte; Sob O Suor de Verão (Orlando Lemos Galeria), 2014, Nova Lima; e Um Pouco de Pele (AhortA Galeria), 2013, Belo Horizonte. Dentre as diversas exposições coletivas, merecem destaque: Antimônio, (Mama/Cadela Galeria), 2014, Belo Horizonte; 50 gramas de copo, em parceria com Warley Desali (Aliança Francesa), 2014, Belo Horizonte; MAPA:\ (manutenção em procedimentos e apropriações), 2013, Belo Horizonte; Atropelamento (Centro Cultural UFMG), 2011, Belo Horizonte; Encontros e Mestiçagens Culturais (FAOP), 2010, Ouro Preto; e Draw drawing 2 – London Biennale (Foundry Gallery), 2006, Inglaterra.
Roberto Freitas (1977, Buenos Aires – Argentina)
Vive e trabalha em Belo Horizonte.
Tem bacharelado em Artes Plásticas e mestrado em Teoria da Arte, ambos realizados na UDESC. Lecionou desenho numa universidade pública e em uma pós-graduação de Teoria da arte. Em Florianópolis, geriu a ARCO (2003 até 2008) – um espaço dedicado à investigação e exposições de arte contemporânea.
Em sua trajetória artística, produz trabalhos que, desde 2002, flertam livremente com cinema, dança, música, escultura, performance, desenho e pintura, focados na instalação. Fez exposições individuais na Funarte BH, SESC Pompéia, Galeria Dot.arte, Galeria Virgílio, Museu Victor Meirelles, MIS Florianópolis e MIS Campinas. No Memorial Mayer Filho, participou de exposições coletivas pelo Brasil e também pela América do Sul, América do Norte e Europa.
Nóia
Quem viu os dois artistas atuando durante o processo de composição destas pinturas flagrou uma parceria anárquica e meio paranoica, na qual os consensos deram lugar a eventuais desacordos e certo caos. A ausência de um plano fixo ao longo de meses de trabalho acabou fazendo com que os artistas interferissem mais livremente no raciocínio alheio, seja deslocando e muitas vezes interrompendo o trabalho do parceiro, seja reconduzindo lógicas de composição iniciadas pelo outro – lógicas que afinal, por isso mesmo, nunca chegam a se concretizar muito bem. Tal processo se refletiu de diversas maneiras no resultado final: no conjunto bruto e hiper-expressivo das obras, nas combinações extremamente perturbadas e nos tons aberrantes, nas tentativas de tornar a pintura “encarnada” (daí a impressão de tanto sangue derramado) ou finalmente na total precarização das figuras que quase se desmancham em meio a tamanho desalinho. Apesar da preponderância das paisagens, e mais especificamente das paisagens de guerra, tais figuras ou objetos também subsistem no meio do todo, como espécies de sobreviventes: vislumbra-se ora um pato em pleno voo em meio a blocos de cores e formas, ora uma legião de caveiras ou de ossadas sobre as quais não sabemos de onde vêm, ora a própria cara de um cão.
Nos casos mais radicais, certas técnicas de pintura quase opostas convivem no mesmo quadro, em grau elevado de tensão, a exemplo de “Caldeirão de 37”, onde se percebe com um pouco mais de clareza a mão de cada artista. No geral, por meio de sobreposições de camadas sobre camadas de tintas e cores, de associações livres e métodos de “repintura” variados, o que se esconde atrás das imagens, como em um palimpsesto, é tão importante ou ainda mais para o entendimento e a apreciação do conjunto, afinal o que se esconde diz respeito ao “inconsciente” ou, como querem os artistas, à própria “nóia”, tema e método desta exposição.
Texto: Victor da Rosa.
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